Embora O Bushido (武士道) ou “Caminho do Guerreiro” é uma espécie de código de conduta que era levada muito a sério pelos samurais em sua época. O mesmo se trata de regras baseadas em princípios morais na qual esse guerreiro tinha o dever de segui-las a todo custo, não só no campo de batalha como também em sua vida diária.
Embora a maioria dos samurais seguissem o Código de Conduta Bushido, havia aqueles que não respeitavam os princípios básicos e com isso traziam desonra e má reputação sobre ele e sua família. Um samurai sem honra era uma coisa imperdoável e a única forma de lavar a sua honra era através do Harakiri (Ritual de Suicídio).
Quando conheci o amigo Maicon , percebi que estava diante de uma das últimas gerações que seguiam o Bushido, em meio a um Brasil cheio de vícios e distante da cultura da disciplina japonesa, Nonoyama resiste a pressão do estilo de vida capitalista da arte marcial contemporânea e a farra das faixas. Nonoyama rasgou o manual do mercenarismo da arte marcial do século 21 e segue com a tradição e a disciplina Nipônica, heróica e irretocável, Maicon decidiu a muito tempo andar pelo caminho do guerreiro. Os desafios frente ao comando do Kudo, fez com que Nonoyama amplia-se sua agenda e seus conhecimentos, tornando-se um dos mais importantes caratecas do nosso tempo no Brasil. É notável a batalha que Nonoyama enfrenta diante dos modismos, da falsas informações e do aparecimento dos faixa-pretas fakes, lotados em diversas academias no Brasil. Nonoyama caminha em silêncio em meio a essa floresta, trabalha e ora como um monje, pratica seus ensinamentos como um ninja e realiza sonhos como um tigre. Essa é a definição que tenho de Maicon, um guerreiro que não desiste, segue em frente e não descansa enquanto não ver consolidado os seus sonhos. Maicon sabe que pode contar conosco naquilo que podemos ajudar. Deixo aqui minha homenagem a ele e agradeço a possibilidade de poder fazer um pedacinho da história do Kudo e das artes que defende em sua vida.
Paulo Machado