quarta-feira, 4 de outubro de 2017

NONOYAMA : O CAMINHO DO GUERREIRO NO D.F. E O DESTINO DO KARATÊ NO BRASIL.


Embora O Bushido (武士道) ou “Caminho do Guerreiro” é uma espécie de código de conduta que era levada muito a sério pelos samurais em sua época. O mesmo se trata de regras baseadas em princípios morais na qual esse guerreiro tinha o dever de segui-las a todo custo, não só no campo de batalha como também em sua vida diária.


Embora a maioria dos samurais seguissem o Código de Conduta Bushido, havia aqueles que não respeitavam os princípios básicos e com isso traziam desonra e má reputação sobre ele e sua família. Um samurai sem honra era uma coisa imperdoável e a única forma de lavar a sua honra era através do Harakiri (Ritual de Suicídio).

Quando conheci o amigo Maicon , percebi que estava diante de uma das últimas gerações que seguiam o Bushido, em meio a um Brasil cheio de vícios e distante da cultura da disciplina japonesa, Nonoyama resiste a pressão do estilo de vida capitalista da arte marcial contemporânea e a farra das faixas. Nonoyama rasgou o manual do mercenarismo da arte marcial do século 21 e segue com a tradição e a disciplina Nipônica, heróica e irretocável, Maicon decidiu a muito tempo andar pelo caminho do guerreiro.  Os desafios frente ao comando do Kudo, fez com que Nonoyama amplia-se sua agenda e seus conhecimentos, tornando-se um dos mais importantes caratecas do nosso tempo no Brasil. É notável  a batalha que Nonoyama enfrenta diante dos modismos, da falsas informações e do aparecimento dos faixa-pretas fakes, lotados em diversas academias no Brasil. Nonoyama caminha em silêncio em meio a essa floresta, trabalha e ora como um monje, pratica seus ensinamentos como um ninja e realiza sonhos como um tigre. Essa é a definição que tenho de Maicon, um guerreiro que não desiste, segue em frente e não descansa enquanto não ver consolidado os seus sonhos. Maicon sabe que pode contar conosco naquilo que podemos ajudar. Deixo aqui minha homenagem a ele e agradeço a possibilidade de poder fazer um pedacinho da história do Kudo e das artes que defende em sua vida.

Paulo Machado 



4 comentários:

  1. Venho de um estilo que se considerava o mais austero dentro do wado. Após conhecer o trabalho do sensei Maicon, pude constatar que na nonoyama se segue inteiramente as técnicas com muita disciplina e orgamização.

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  2. Sensei Nonoyama é um dos raros casos que hoje ainda podemos (e devemos) tratar como Mestre, na nobre acepção da tradição das artes marciais orientais. Conforme a psicologia de Carl Jung, o Guerreiro vive de combater em duas grandes frentes: uma externa, na qual luta contra adversidades do seu meio e seu contexto histórico (no caso, podemis dizer dos tempos obscuros que enfrentamos hoje, o que inclui o mercantilismo flagrante das academias brasileiras); e outra frente, interna, na qual ele luta contra suas próprias sombras (nossos inimigos internos, como a vaidade, a arrogância, o medo, a ira, o sadismo, a mentira, a falsidade, a preguiça, a tendência aos vícios e à corrupção). Guerreiro de fato, no Caminho das Artes Marciais, é quem está comprometido com essas duas guerras. Sensei Nonoyama é um exemplo vivo desse Guerreiro. Hai, Sensei! Osu!

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