quarta-feira, 31 de julho de 2019

TURMA DE KUDO DA POLICIA FEDERAL, UM AVANÇO NO TREINAMENTO PARA DEFESA PESSOAL DE POLICIAIS.


1.  









  Postamos na integra todo o comentário do Mestre Bandeira, que ministra aulas de Kudo na Polícia  Federal. Esse maravilhoso Texto nos dá uma noção do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo professor na preparação de agentes de segurança pública, com o objetivo de garantir melhor desempenho em suas funções e que estejam mais qualificados quando vierem proteger a sociedade.

    Todas as fotos aqui foram editadas com policiais usando o capacete do esporte no intuito de garantir a segurança pessoal dos mesmos e de terceiros, mantendo o sigilo do trabalho profissional de cada um. 

          Nome: Marcos Edilson do Rêgo Bandeira.
2.       Profissão: Funcionário Público na área de segurança pública, com 32 anos de experiência.
3.       Graduação: Faixa preta de Kudo Daido Juku – 1º dan e faixa preta de Judô 2º dan.

O trabalho realizado no dojo da Polícia Federal posiciona-se dentro do contexto pensado e criado por Azuma Takashi (criador da arte em 1981). Ou seja, uma arte marcial híbrida em que se procura o máximo de eficiência técnica através da aproximação de situações reais. Logicamente, dentro de um ambiente controlado e seguro para o aluno. Os alunos são estimulados a realizar os movimentos (socos, chutes, cotoveladas, estrangulamentos, chaves de braço, etc) de maneira exaustiva como deve ser o treinamento de uma arte marcial que tem a pretensão de servir para defesa pessoal. Não se trata de um curso de defesa pessoal, mas um ESTILO de VIDA que envolve treinamento extenuante. A verdadeira arte marcial voltada para defesa precisa tornar seu praticante com condições de reagir sem raciocinar, a reação deve ser um reflexo das circunstâncias ao redor. Exemplificando: quando um mosquito se aproxima dos olhos de alguém o reflexo motor fecha os olhos sem pensar, é automático.
O Kudo nasceu com a proposta de unir o budo e o bujutsu – budo, dá atenção ao desenvolvimento da mente, do espírito e o bujutsu, dá atenção ao treino voltado para a batalha. Entendo que o Kudo representa um resgate da força e do vigor existentes nas artes marciais antes da restauração Meiji no Japão. Essa capacidade de assumir as duas posturas torna o Kudo uma arte de defesa por excelência para órgãos de segurança. É esse método que está sendo desenvolvido na Polícia Federal, uma arte voltada para a eficiente defesa do cidadão/policial/administrativo.
Os treinos levam em consideração a parte física, lógico, e, também, pequenas conversas que tem como objetivo alertar os alunos que o confronto é último recurso, que o mais importante é criar hábitos de comportamento que minimizem as chances da pessoa se tornar vulnerável e, consequentemente, se tornar uma vítima.
Eu quero ter a pretensão de acreditar que o Kudo sendo uma arte híbrida, conforme dito acima, reconhecendo a importância de outras artes, afinal, importou dessas várias técnicas, tornou-se indispensável para qualificar qualquer cidadão que tenha interesse em defesa pessoal objetiva.
No caso específico da Polícia Federal, o Kudo, na minha visão, torna-se ainda mais relevante, pois investe diretamente no contexto cognitivo, psicomotor que são inalienáveis ao processo decisório desses profissionais no exercício da atividade policial e administrativa.  
Finalmente, chamo a atenção que a segurança pessoal é intransferível, cada cidadão tem a obrigação de estar preparado para defender-se e defender as pessoas que ama. Por isso, minimizar as oportunidades desagradáveis com medidas preventivas e condicionamento marcial é uma decisão inalienável. O KUDO REPRESENTA TUDO ISSO.
OSU!

Agradecimentos ao Mestre Bandeira pela colaboração a este espaço de conhecimento e também ao mestres  Maicon Nonoyama e Mestre Carlos Torres, pelo trabalho realizado no Karatê do DF e a frente do Kudo no Brasil.


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